Segundo estimativa de duas instituições, ato bolsonarista teria reunido 12,4 mil pessoas na Av. Paulista na tarde do domingo (29/6), em SP
Igor Gadelha/Metrópoles

Lideranças bolsonaristas admitem que o público da manifestação realizada na tarde do domingo (29/6) na Avenida Paulista, em São Paulo, foi menor do que o de atos anteriores.
Líder do PL na Câmara e um dos organizadores da manifestação, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) avalia que o público menor seria resultado de uma combinação de ao menos quatro fatores:
1. Copa do Mundo de Clubes da FIFA;
2. Início das férias escolares;
3. Fim de mês;
4. Intervalo de tempo pequeno entre a convocação e o dia do ato.

O protesto foi convocado por Jair Bolsonaro em 14 de junho, ou seja, 15 dias antes do evento. Na hora da manifestação, acontecia o jogo pelo Mundial de Clubes entre o PSG e o Inter de Miami.
Poucas horas após o término do ato na Paulista, foi a vez de o Flamengo entrar em campo contra o Bayern, também pelo Mundial de Clubes. O jogo começou às 17h e terminou por volta das 19h.
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Bolsonarista desafia a esquerda
O líder do PL diz que a data da manifestação foi decidida pelos organizadores já sabendo dos riscos de o público ser menor que o de outros atos em desagravo a Bolsonaro na Paulista.
“Inicio de mês aí que teríamos mais gente de férias. Para deixar para agosto, seria muito tarde, porque a gente vai fazer um ato em setembro. Então, a decisão foi tomada mesmo com os riscos de ter menos gente”, disse.
“Mas faço um desafio à esquerda: bota 1/3 da quantidade de gente que colocamos para ver se a esquerda. A esquerda não tem gente, não tem povo. Mesmo com todas essas dificuldades, a gente ainda colocou muita gente, graças a Deus,” emendou.
Público estimado
Levantamento realizado pelo Monitor do Debate Político do Cebrap da USP e a ONG More in Common estimou que o público do ato na Avenida Paulista no domingo teria sido de 12,4 mil pessoas.
A medição foi feita às 15h40, momento de pico da manifestação, por meio de fotos tiradas por drones e sistemas de inteligência artificial. O ato se encerrou por volta das 16h, após o discurso de Bolsonaro.
Contagem feita pelas mesmas instituições estimulou a presença de 44,9 mil pessoas no ato de 6 de abril na Avenida Paulista e de 18,3 mil pessoas em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março.
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