Diz a história que uma menina possuía um cãozinho de estimação, este que lhe fora dado por seu avô. Registra ainda a história que este veio a ser atropelado, vindo a morrer. Compreende-se a dor que se instalou na alma da pequena criança. Sacudida pelos soluços, os olhos cheios de lágrimas, quedou-se à janela profundamente infeliz, enquanto seu irmão mais velho fazia o enterro do belo cachorrinho no jardim da casa em que moravam. O avô vendo o desespero de sua neta, dela se aproximou e acariciando seus cabelos, sussurrou-lhe aos ouvidos: – Minha querida netinha vá à outra janela. No instante bem que a netinha assim procedeu, no mesmo jardim, abriu-se uma linda rosa. Conselho realmente sábio do avô. Se numa janela a paisagem era de morte e de dor, na outra janela era de vida e de beleza. Bastou, tão somente, um simples movimento, um mudar de lugar e os olhos tiveram outro cenário.
Na vida gente, a história é muito simples como vimos e, por consequência é o que acontece com frequência no nosso cotidiano e, por que não, em nossa vida. Na maioria das vezes, detemo-nos como hipnotizados, sob o peso e os cansaços com os desgastes e as fadigas da vida e na maioria das vezes temos, uma atuação quase que irresistível pelos aspectos negativos. Quantas vezes encerramo-nos numa cabine de vidro opaco e admiramos que as imagens da vida que nos cercam se nos apresentam destorcidas e sombrias? Quantas vezes colocamos óculos escuros e admiramos a paisagem à nossa frente se vista de luto? A beleza deve ser procurada, antes de tudo, dentro de nós mesmos. Ela é fruto também, da nossa capacidade de mudarmos de posição, isto é, de uma janela para a outra. De irmos à outra janela. De mudarmos os objetivos de nosso olhar.
Nesta vida não devemos encarar o outro ou pensar nele com preconceitos; não observar somente suas falhas ou pontos negativos, antes de tudo, fazer qualquer julgamento, mas descobrir suas boas qualidades, pois em cada ser humano existe uma parcela de bondade, assim como, de repente podemos sentir que como as rosas florescem no jardim, no ser humano exala perfume de caráter e de dignidade. A história registra, por meio do tempo, que os acontecimentos se abatem sobre os homens ou sobre nossas vidas e por isso devemos mudar de janela. Não há mal que venha para o bem, diz a sabedoria, por isso, é oportuno que nas horas amargas e nos momentos críticos saibamos tirar o proveito a bem de uma convivência harmoniosa e pacífica. Depois de uma análise cuidadosa pode-se tirar proveitos que revelem aspectos positivos de tudo o que, em torno de nós, acontece. Não é mesmo? A paisagem muda. Uma dose de calma para pensar, uma vontade de compreender, um desejo de amar ou uma visão diferenciada dos seres humanos e das coisas e uma convicção profunda de que Deus fala através dos acontecimentos e podem-se evitar desastres ecológicos e outros como os acontecimentos do Rio Grande do Sul.
Vejamos, por exemplo, o vento; você não pode vê-lo, mas pode senti-lo e, através desse sentimento encontraremos na natureza os elementos essenciais que nos levam a trocar sempre de janela e tal e qual aquela criança que, desesperada pela morte de seu pequeno cão numa paisagem lúgubre, num pequenino gesto descobriu o descortinar de uma linda rosa desabrochando na paisagem da vida,
Fácil não é! Difícil é enxergar a presença de Deus no jardim de nossas vidas. Mudar de janela no cotidiano dos afazeres é o dever maior, enquanto há tempo!
Estamos a exatos 127 dias para as eleições. Grande é a expectativa para o pleito. Marco Antonio detém o poder nas mãos para uma reeleição, pode-se dizer, tranquila. Porém, não deve dormir nos áureos de sua administração. A oposição comandada pelo ex-prefeito João Izael que quer retornar ao poder, Neidson, vereador atuante e próspero, juntamente com a Rose, uma revelação na política Itabirana podem ser um vento invisível se preparando para assustar. Não tenho, ainda, o poder de adivinhar, mas presumo que as janelas estão abertas para um novo porvir. Com Marco Antonio o tempo e o vento são da bonança. Ao contrário poderemos ter um tsunami sobre os céus na terra de Tutu Caramujo. Pensem nisso.