A deputada estadual Andréia de Jesus (PT) prestou solidariedade hoje, sexta-feira (29/5) aos professores estaduais, durante reunião da categoria que está mobilizada na Assembleia Legislativa de MG, em campanha salarial. A presidenta da Comissão de Direitos Humanos da ALMG está comprometida em garantir um reajuste justo para os servidores do estado. A deputada critica a falta de vontade política do governo estadual de conceder um reajuste digno aos servidores públicos.
“Todos os servidores merecem ser respeitados e valorizados. É uma falta de vergonha o que os deputados da base do governo fizeram hoje, saindo do plenário para evitar que houvesse a votação das emendas da oposição do Bloco de Esquerda, que poderia garantir, pelo menos, um percentual de 10,62% para os servidores, maior que os 3,62% abaixo da inflação, proposto pelo governo. Na semana que vem, quando serão apreciadas as emendas vamos continuar trabalhando para elevar o reajuste”, afirmou.
A deputada avalia que a movimentação do bloco de esquerda foi positiva e que se houvesse quórum no plenário o percentual seria maior. ”A bancada do Bloco de Esquerda fez o governo tremer. Nós aprendemos que se mexer com formigueiro, todo mundo se junta para se defender. Não podemos deixar que o próprio governador Zema aumente seu salário e de seus secretários com um reajuste salarial de 300%, e queira dar migalhas para os servidores”, destacou.
A professora de Artes, Consuelo Alves, que estava na manifestação, contou que trabalha em duas escolas para conseguir fazer um salário melhor. “Eu tenho que dar muitas aulas e isso tudo interfere na qualidade do ensino. Eu vivo correndo para dar conta e mesmo trabalhando tanto eu não recebo nem o piso nacional da educação”, criticou.
“O governo Zema não se preocupa com os servidores, é o Estado Mínimo para tudo. Ele não paga a dívida pública há cinco anos, não investe em políticas públicas sociais e nas empresas públicas e ainda não concede aumento digno para os servidores. O empresário ”bom de gestão” não só aumentou a dívida de Minas como também sucateou os serviços públicos para depois privatizá-los. Esta é a verdadeira política de Zema, aos empresários tudo, para o povo nada”, disse Andréia de Jesus.
Ipsemg é a próxima vítima
O próximo projeto do governo é acabar com o IPSEMG. O governador Zema propôs um novo projeto de lei que visa alterar as normas e valores de contribuição para o IPSEMG, o que pode resultar em um aumento significativo nas tarifas para os usuários. Se aprovado, o projeto aumentará as tarifas em até 81,8%, elevando o valor mínimo de R$ 33,00 para R$ 60,00 e o máximo de R$ 275,15 para R$ 500,00. Além disso, está prevista a introdução de uma taxa adicional de 1,2% para usuários com 59 anos ou mais e o fim das isenções para dependentes menores de 21 anos.
Fotos crédito: Matheus Soares