Técnico do Cruzeiro assina súmula como preparador físico, e auxiliar lamenta chances perdidas

Moisés Moura assinou a súmula como técnico em função de Fernando Seabra não ter licença exigida pela Conmebol

Coube a Moisés Moura, auxiliar do Cruzeiro, dar explicações sobre o empate por 0 a 0 com o Unión La Calera, em Concepción, no Chile. Ele assinou a súmula como técnico, em função de Seabra não ter a licença exigida pela Conmebol para exercer a função no jogo. O treinador ficou à beira do campo, mas, no documento oficial da partida, apareceu como preparador físico. Moisés lamentou os erros que o time teve no primeiro tempo, quando foi superior aos chilenos.

Realmente, o Cruzeiro foi melhor na primeira etapa, fazendo com que o adversário praticamente não passasse do meio-campo com a posse. Barreal acertou a trave, mas a oportunidade mais clara foi com Rafael Elias, que desperdiçou chance dentro da pequena área. Para Moisés, a vantagem no placar abriria novos caminhos para o time brasileiro explorar.

– Creio que, se a gente tivesse aproveitado melhor as chances no primeiro tempo, o jogo mudaria, e a gente não estaria aqui falando sobre a questão do resultado. A equipe deles ia se abrir mais, e o futebol é isso: ser efetivo.

“Se a gente aproveita as chances na primeira etapa, o jogo seria diferente no segundo tempo.”

Na etapa final, inclusive, o auxiliar admite que o Cruzeiro teve dificuldades para conter a bola aérea e facilitou o trabalho defensivo do adversário, priorizando as ligações diretas.

– Perdemos um pouco equilíbrio, ficou um jogo direto, o que facilitou para o time adversário. Nas bolas paradas, claro, criaram algum problema, mas a gente sabia disso. Fora isso, não tivemos problemas em organização defensiva. Futebol é resultado.

Moisés também citou o desgaste físico como algo a ser considerado para avaliação da atuação do Cruzeiro no Chile. Para esta partida, a comissão técnica fez cinco mudanças no time titular, colocando Zé Ivaldo, Gasolina, Cifuentes, Vital e Barreal nas vagas de Neris, William, Lucas Silva, Ramiro e Arthur Gomes.

 — Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

— Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

– É um desgaste grande. A gente sabe que isso não tem que servir de desculpa, mas, infelizmente, é o acontece. (…) Existe a questão das viagens, elas desgastam muito. Tivemos vários jogadores que precisaram um pouco mais de descanso, pelas viagens e pensando no jogo de domingo. É virar a chave.

Até o momento, a caminhada do Cruzeiro na Conmebol Sul-Americana é marcada por tropeços contra times modestos. O La Calera é o vice-lanterna do Chileno e ainda não venceu em casa no ano. O Alianza, com quem o time celeste empatou por 3 a 3 no Mineirão, também está em penúltimo lugar no Colombiano.

Moisés Moura, auxiliar do Cruzeiro — Foto: Gustavo Aleixo/ Cruzeiro

Moisés Moura, auxiliar do Cruzeiro — Foto: Gustavo Aleixo/ Cruzeiro

Questionado sobre essa situação, Moisés considera que as equipes entram de forma diferente em competições onde tem condições de classificação.

– Eu não acho que é um resultado normal. O Cruzeiro é gigante, a gente sabe de toda a história, não podemos deixar de lado. Naturalmente, tem um peso maior para o adversário, que tem condições de classificação. A gente sabe que a competições local é uma, e a competição internacional tem um peso muito grande. Isso fica de lado nesses jogos.

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