Homem é preso suspeito de abusar de filha e sobrinhas em Contagem

Por ASCOM-PCMG

As investigações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) sobre o abuso sexual cometido contra três menores de idade em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, resultaram na prisão preventiva de um homem, de 52 anos. O investigado foi detido com apoio da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), na cidade de Silva Jardim, na baixada fluminense.

Entre as vítimas, com idades entre 7 e 16 anos, estão uma filha adotiva e duas sobrinhas do investigado. Após intenso trabalho investigativo, no dia 14 de março, a PCMG e PCERJ prenderam o suspeito na casa de familiares, no Rio de Janeiro.

Segundo o chefe do 2º Departamento, delegado-geral Reinaldo Felício Lima, “Trata-se de uma investigação bastante célere, visto que o fato chegou ao conhecimento da Polícia Civil em janeiro deste ano”.

Levantamentos apontam que homem estaria no Rio de Janeiro, mas já planejava fugir para outro local.

Denúncias

As investigações iniciaram depois que a sobrinha do suspeito, atualmente com 27 anos, procurou a Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam) em Contagem para relatar os abusos, sofridos dos 7 aos 10 anos. Após denunciar o tio, outra sobrinha também narrou que teria sido abusada pelo investigado, dos 10 aos 16 anos. No momento da denúncia, as duas informaram que o homem tinha adotado três crianças e temiam que elas também fossem alvo de violência sexual.

No decorrer das investigações, a filha mais velha do investigado, hoje com 17 anos, confirmou ter sofrido abusos por parte do pai, o que, inclusive, ocasionou a mudança dela para o estado do Rio de Janeiro, na tentativa de fugir das violências constantes.

“Ela tinha muito medo de voltar para o abrigo e que os irmãos também tivessem que voltar para lá e, consequentemente, os irmãos ficassem separados”, contou a delegada que coordena as investigações, Mellina Clemente.

A equipe da Deam em Contagem apura se os outros dois filhos adotados pelo investigado também foram alvos de abusos. As investigações prosseguem.

Modo de agir

Conforme explicou Mellina, as sobrinhas do investigado ficavam na casa dos avós, que moram no mesmo lote em que reside o suspeito, enquanto as mães trabalhavam. Inclusive, as meninas tinham o hábito de ir à casa do tio para assistir televisão, já que os avós não permitiam o uso do aparelho na casa deles. Era nesse momento que os abusos ocorriam.

“Não houve conjunção carnal, mas ocorreram diversos atos libidinosos. Outra coisa que chamou a atenção é que ele passava vídeos pornográficos para as vítimas”, acrescentou Mellina.

Alerta

Por fim, a delegada ressalta a importância de não negligenciar relatos e atitudes de crianças e adolescentes em casos de violência sexual. Segundo Mellina, à época dos fatos, a sobrinha do investigado chegou a denunciar o tio para familiares, porém, nenhum deles acreditou na menina, impactando na continuidade do crime, na geração de outras vítimas e na pretensa credibilidade que possibilitou ao homem a adoções de três crianças.

“É muito sério acreditar na palavra da vítima, dar esse valor, e deixar a cargo da Polícia Civil investigar. Nos casos de violência sexual, a palavra da vítima tem um especial valor”, reforça a delegada.

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