Polícia Civil desvenda assassinato de vendedor de pães

Por ASCOM-PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações que apuraram o homicídio de um homem, de 54 anos, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A vítima, vendedora ambulante de pães, foi morta a tiros quando saía para trabalhar, no dia 26 de julho do ano passado. O sobrinho e a esposa teriam ordenado o crime, executado pelo primo da mulher, preso preventivamente.

Apurações

A equipe da Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios em Ribeirão das Neves descobriu que o sobrinho da vítima, de 27 anos, já tinha desavenças, há anos, com o homem, relacionadas com a venda de uma rota de pães não quitada.

Segundo levantado, pouco antes do crime, o mandante, por intermédio de outra pessoa, adquiriu a parte de cima da casa da vítima, que, ao saber que havia sido seu sobrinho o comprador, não aceitou que ele tomasse posse do imóvel, em razão do atrito que existia pela dívida anterior.

O delegado responsável pelo caso, Marcus Rios, revelou que o assassinato foi premeditado. “A esposa do mandante o instigou a matar a vítima, tendo eles combinado com o primo dela, de 21 anos, a execução do crime”, explicou. “Antes da execução, os mandantes iniciaram preparativos para a aquisição da nacionalidade italiana, a fim de permitir a fuga do casal. Eles combinaram previamente que só executariam o plano após a conclusão do procedimento”, completou.

A Polícia Civil apurou que, posteriormente, a fim de evitar a apreensão de seus passaportes, os investigados registraram boletim de ocorrência simulando que os documentos haviam sido extraviados. “Pouco antes do crime, eles adquiriram passagem para o executor ir para o interior do estado na noite anterior ao crime, como forma de criar um álibi. As investigações demonstraram, todavia, que o executor não realizou o embarque”, esclareceu Rios.

No dia do crime, o mandante foi interrogado e negou os fatos. O executor foi preso preventivamente durante operação policial no dia 13 de janeiro e permanece no sistema prisional. Os mandantes seguem sendo procurados. Os três responderão por homicídio qualificado por motivo torpe e por meio que impossibilitou a defesa da vítima.

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