A autoria da representação, neste caso, é de Deltan Dallagnol. A investigação é sobre suposta improbidade administrativa do deputado
Manoela Alcântara/Metrópoles
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) abriu novo inquérito para investigar se houve improbidade administrativa por parte do deputado federal André Janones (Avante-MG) em caso no qual o parlamentar é acusado de participar de um esquema de rachadinha em seu gabinete. A representação foi oferecida pelo ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol.
O MPF-DF decidiu converter a notícia de fato em inquérito civil público após a representação que teve como base reportagem do colunista do Metrópoles Paulo Cappelli.
Em novembro de 2023, áudios divulgados pela coluna mostraram Janones cobrando parte do salário de assessores para “reconstruir patrimônio” após gastos com campanha eleitoral. E, também, pedindo parte das remunerações com o objetivo de fazer caixa para futuras campanhas de seu grupo político.
Leia também
- Novo áudio contradiz versão de Janones sobre rachadinha
- STF intima Bolsonaro e Janones para se manifestarem em queixa-crime
- Rachadinha: Conselho de Ética abre processo contra Janones
- Janones tinha outro esquema além da rachadinha, aponta ex-assessor
Este é o segundo inquérito aberto para investigar o parlamentar. Em dezembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux decidiu atender a um pedido da Procuradoria-Geral da República e instaurou o primeiro inquérito para investigar a prática de rachadinha no gabinete do deputado André Janones.
No X, antigo Twitter, Janones se defendeu do caso das rachadinhas: “Já que a imprensa esconde, peço que me ajudem a divulgar: Acabei de receber do meu advogado a notícia de que todos os assessores e ex assessores envolvidos nas denúncias de rachadinha (inclusive os que me denunciaram), concluíram os seus depoimentos. E adivinhem? Todos eles, absolutamente TODOS disseram nunca terem praticado ou presenciado a prática da rachadinha em meu gabinete . Além disso, TODOS ELES abriram mãos dos seus sigilos bancários, fiscais e telefônicos”, disse.Play Video