Marcos Gabiroba e a crônica da semana “Perdoe sempre as ofensas”

Se por acaso alguém lhe disser que és uma pessoa inútil, que você não presta para nada, és uma pessoa fraca e não tem capacidade para uma tarefa qualquer, ou usar uma expressão ofensiva o que fazer? Nossa tendência humana, quando não é olhar para seu oponente e, na maioria das vezes é retribuir as ofensas com palavras degradantes, ou ao menos expressar a raiva, o ódio ou descontentamento e guardar no coração o que foi dito, é no mínimo uma decisão. Uma ofensa aqui, outra ali, e logo temos acumulada uma amargura que não conseguimos mais nos relacionar com as pessoas. Normalmente é assim que acontece em nosso cotidiano. Porém, com certeza essa não é a atitude que Deus espera que tenhamos. Ele sabe que guardar maus ressentimentos isto só nos fará mal, então espera que perdoemos quem nos ofendeu. Se alguém falou palavras terríveis contra você, perdoe-o e entregue a situação para Deus. É difícil, eu sei, agir dessa forma, mas o seu carácter é governado por Deus e por mais ninguém.

Em sua Carta aos Rm 12.18, Paulo nos ensina que: “Façam todo o possível para viver em paz com todos”. Neste texto vemos que nosso procedimento exemplar – como perdoar sem que o outro, seu irmão, peça perdão e sem depender da dor que nos causou – pode levar as pessoas, principalmente quem é ofendido, a glorificar a Deus e até silenciar os insensatos. Precisamos tratar a todos, indistintamente, com respeito e seguir o exemplo de Cristo que, insultado, não revidou, principalmente, nos momentos em que estava na Cruz sofrendo injustamente, pelos pecados de toda a humanidade, inclusive, os dos seus ofensores e algozes para que no sacrifício de sua vida tivéssemos o perdão e o acesso a Deus Pai. No versículo 23 lemos que ele se entregou ao justo Juiz, o Pai. Deus conhece nossos sofrimentos e nos “vingará” se este for seu propósito. Ele fará algo, em seu tempo e a seu modo.

Em Rm 12.9-21, Paulo dá uma série de conselhos práticos para nossos relacionamentos; amar sinceramente, honrar e dedicar-se aos outros. Abençoar os que nos perseguem, não retribuir o mal e buscar a paz com todos. Portanto, façamos somente o bem – isto não nos tornará melhores nem nos concede vida eterna, mas melhorará nossos relacionamentos na vida e agradará a Deus. Façamos como Jesus: retribua o mal fazendo o bem! É difícil, pois somos humanos e, na maioria das vezes, deixamos satanás falar e agir por nós, não é verdade?

Estamos nos aproximando do Natal e do Fim do Ano. Com que condições você, caro ouvinte de todas as semanas já fez, se não, faz o balanço e as avaliações do que passou e agora, traçar metas para o ano novo? Ao avaliarmos o ano velho, olhamos para trás procurando entender as experiências que tivemos pelos caminhos que o Senhor nos permitiu andar e as lições que podemos aprender com cada situação? Claro que não! Somos egoístas e nosso coração ainda não está preparado para novas lições.

Quando uma empresa faz o balanço do final do ano, o resultado pode ser positivo ou negativo, pode resultar em lucro ou prejuízo. Assim também é a nossa vida. As experiências que vivemos neste ano que se finda pode ter-nos levado para mais perto de Deus, nos ajudando a crescer e amadurecer, a abençoar nossa família, os amigos e colegas, e sermos também abençoados, mas é possível que tivemos mais prejuízos do que lucros ou vitórias. Talvez em algumas experiências crescemos espiritualmente, e fomos uma bênção para os outros. Com outras talvez não soubemos lidar, conscientemente e perdemos a oportunidade de crescer e amadurecer e não fomos, verdadeiramente, um instrumento de Deus para abençoar os outros, não é mesmo? Fomos abençoados, porém, soubemos abençoar os outros, nossos irmãos? \principalmente os necessitados? No entanto, é importante aprender, até mesmo com os nossos próprios erros. Um erro pode ser uma experiência positiva se aprendermos como não se deve fazer algo. Infelizmente, nem sempre temos a habilidade e a humildade de aprender com os nossos erros. É muito mais comum tentarmos justificar ou encontrar um culpado para os nossos fracassos. Só que, se fizermos isso tirando nossa responsabilidade e a jogamos para o outro, e jamais aprenderemos coisa alguma, a não ser adquirir a tendência de repeti-los nas próximas vezes. Já pensou nisso, caro ouvinte? Errar é coisa exclusiva do ser humano. Quem nunca errou nesta vida, pelo amor a Deus, atire a primeira pedra! Na vida é assim: uns aprendem pelo caminho do amor; outros só conseguem aprender alguma coisa é pelo caminho da dor. Vamos aproveitar que estamos chegando ao fim do ano para refazer uma avaliação do que passou por nossa vida até agora, e, corrigir os erros antes que seja tarde demais. E, se possível, lembrar que avaliar nossos erros para que quando Deus for fazer a nossa avaliação como seres espirituais, Ele seja nosso advogado, jamais um juiz. Avaliar é bom.

Agir de acordo é melhor. Perdoando sempre a quem nos tem ofendido, as ofensas tornam-se bálsamo nas feridas e no rancor. O perdão é um santo remédio para a alma. Fim de ano não é o fim de tudo. Principalmente, é sempre o início de um novo tempo que se chama hoje. Feliz Natal! Abençoado seja o ano de 2024, este que bate às nossas portas, sem pedir licença. E, lembrem-se: E, como disse certa vez Henry Ford, dele tomo emprestado para encerrar nosso encontro: “Há mais pessoas que desistem do que as pessoas que fracassam”. Pensem nisso.

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