Quais são as preocupações que atormentam sua via neste fim de ano? O
desemprego? A violência nas ruas? Doenças? Existem numerosas situações que
acharíamos melhor não existirem, mas muitas delas não dependem de nós para que
aconteçam, como o pai de família que se esforça para realizar um bom trabalho,
mas mesmo assim não pode impedir o problema geral do desemprego. A mãe pode
se preocupar com a segurança de seus filhos vigiando-os o tempo todo, mas
mesmo assim não consegue impedir que ocorram alguns acidentes. Fazemos de
tudo para não sermos assaltados, até mesmo refugiando-nos numa fortaleza, mas
não impediremos que existam ladrões. Podemos dar o melhor dos nossos esforços,
mas mesmo assim ainda não será o suficiente – sempre haverá alguma coisa para
se preocupar. No texto bíblico: “Lancem sobre ele, ó Deus toda a sua ansiedade,
porque ele tem cuidado de vocês”, o salmista quer mostrar que as preocupações
nos desviam da orientação de Deus em nossa vida. Preocupar-se significa
antecipar-se ou ocupar-se com aquilo que ainda não aconteceu.
Quando esse tipo de acontecimento bate em nosso coração, teremos dificuldade em
entregar tudo nas mãos de Deus e de confiar nele. Começamos a depender daquilo
que achamos poder fazer e esquecemos que existem situações fora do nosso
alcance. Segundo o salmista, se Deus não for o construtor da casa, todos os que
trabalham para construí-la se esforçarão em vão. Se não é Deus que guarda a
cidade, não existirá nenhuma proteção realmente eficaz para ela.
Sem a participação de Deus, todo nosso esforço se torna um ciclo de
preocupações, pois nem sempre encontraremos uma saída ou uma
resposta para resolver uma situação em nossa vida. Aprender e
depender de Deus, pois somente o Senhor pode nos tranquilizar em
meio às preocupações que a vida nos traz. Não dependa do que você é
capaz, mas do que Deus pode fazer em sua vida. Pensem nisso.
Muitas pessoas pensam que é possível dividir a vida em vários departamentos:
família, trabalho, igreja, amigos, sonhos. Mas isso não é possível ao cristão, que
tem que ser mesmo em todas as áreas de sua vida. Nelas, Deus tem de ser o
Senhor. No texto bíblico: “Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como
servindo ao Senhor, e não aos homens”, Ef 6.7. Essa passagem bíblica
recomenda-nos a não sermos escravos. Paulo, em sua época via que a escravidão
era uma norma. Ele até usa isso para ilustrar a nova condição de cristãos: escravos
de Deus (Rm 6.22). Você, caro ouvinte pode pensar que ser escravo nunca é bom,
mas servir a Deus é infinitamente melhor que continuar escravizado ao pecado!
Tanto aos escravos como seus donos estavam crendo em Cristo. E agora, como
deveriam agir? Apesar de libertos do poder da tendência ao mal, os escravos
continuavam na mesma posição social e deviam continuar servindo seus senhores
como fariam ao próprio Cristo. Seus donos deviam tratá-los da mesma forma que
Deus – sem parcialidade e com amor, lembrando que agora faziam parte da mesma
família, a igreja. Que diferença isso deve ter feito no trabalho deles! Na nossa vida
cotidiana podemos aplicar isso à nossa profissão, que não está separada da nossa
vida cristã – pelo menos, não deveria. Nosso objetivo deve ser sempre dar glória a
Deus, conforme nos ensina Paulo em sua carta aos Coríntios capítulos 10,
versículo 31, também como profissionais. Será que conseguimos isso, ou nossas
atitudes afastam mais ainda as pessoas de Deus?
A Bíblia sempre nos trouxe instruções especiais quanto ao relacionamento com
nosso chefe. Jesus. Se Paulo, outrora como cristão foi respeitado ainda mais por
isso o nosso trabalho deve ser ainda melhor (1Tm 6.1-2). Não pense você caro
ouvinte relaxar no desempenho de suas funções porque seu superior é irmão em
Cristo. Se você ainda não conhece o Cristo Jesus, a submissão também é
necessária, além de um cuidado especial com o procedimento exemplar, para
tornar atraente o ensino cristão (Tm 2.10). Agindo assim, todos saberão que na
verdade servimos a Deus em tudo que fazemos e agimos. Trabalho dedicado a
Deus tem garantia de qualidade e eficiência. Pensem também nisso.
Para finalizar: “Toda decisão que você toma – toda decisão – não é uma decisão
sobre você mesmo e o que você faz. É uma decisão sobre Quem você É. E quando,
quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a
vida de um modo novo. Todos os eventos, coerências, e situações se transformam
em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui”. Lembre-se: Você ainda
está vivo. Portanto, viva a sua vida em Deus, para Deus e com Deus sempre!