Ex-assessor de Janones pede à PF e PGR acareação com o deputado

Fabrício Ferreira, que atuou no gabinete de André Janones, afirma que acareação poderá expor contradições do deputado, que nega rachadinha

Paulo Cappelli/Metrópoles

Ex-assessor do deputado federal André Janones, Fabrício Ferreira de Oliveira vai requerer à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Polícia Federal (PF) que seja feita uma acareação entre ele e o parlamentar, no âmbito da investigação sobre rachadinha.

Ferreira afirma que, se for colocado frente a frente com Janones, conseguirá expor contradições do parlamentar, que diz jamais ter cobrado o salário de servidores de seu gabinete para enriquecer ou fazer caixa para campanhas.

Janones usou suspeita de rachadinha para rebater ataques da família do ex-presidente Reprodução

“Fiscal do Janones”: a mando do deputado, ex-assessor denunciava irregularidades em MG. Agora, denunciou o próprio parlamentar 

Foi por meio de uma notícia-crime apresentada por Fabrício Ferreira que a PGR passou a investigar Janones por suposto esquema de rachadinha em seu gabinete. Por determinação do ministro Luiz Fux, do STF, a PF entrou na jogada para auxiliar os trabalhos.

Ferreira afirma que os assessores faziam saques, a mando de Janones, repassavam os valores em dinheiro vivo a Leandra Guedes, atual prefeita de Ituiutaba que, na ocasião, atuava no gabinete do parlamentar. Ela nega qualquer irregularidade.

Após a coluna revelar áudios de uma reunião na qual Janones tenta estruturar um esquema de rachadinha para enriquecer e fazer caixa para campanha eleitoral, o parlamentar se pronunciou esta semana. Alegou que jamais recebeu salário de assessores e que a reunião, ocorrida na Câmara, teria sido antes de tomar posse como parlamentar.

Segundo ele, sua ideia não chegou a ser implementada no gabinete após veto de sua advogada.

Ferreira contesta:

“Não é verdade. Janones já era deputado, e nossas nomeações já haviam sido publicadas no Diário Oficial. Tanto que, naquele dia, no começo de fevereiro [de 2018], eu já tinha acessado a Câmara usando o meu crachá de servidor”, afirma.

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