Ao iniciar nosso encontro de hoje lembramos que o dia primeiro foi referenciado a todos os Santos. Dia dois rememoramos o dia dosa Mortos. Quanta saudade e lembranças de nossos antepassados. A saudade é dura com nossa realidade. Ela existe justamente para nos ensinar que somos pó e ao pós retornaremos; Memento homo est pulveris et pulveris revertere. Palavras latinas que nos ensina que não somos deste mundo, mas somos para a eternidade. Pensem nisso! De sua ampla experiência e sabedoria existencial, o filósofo Espinosa retirou uma contestação: o medo “O medo e a esperança ainda são a melhor maneira de conduzir os homens”.
Mas, se você em sua vida trocar a palavra MEDO por BONDADE… a frase soará melhor, chamando, inclusivas bênçãos, a simpatia e a aprovação de Cristo Jesus e de sua Mãe Maria, que passaram pelo mundo fazendo o bem. O que é a esperança?
É uma pequena chama que mora e palpita em nossos corações. Jesus foi e é nossa esperança maior, cálida, insubstituível. Frágil e sempre ameaçado pelos ventos da adversidade, o pequeno ramo da nossa esperança humana. Por que não enxertá-lo na videira eterna, em Jesus Cristo?
Ser bom, caridoso, risonho e afável apenas com aqueles que nos valorizam, prestigiam e amam é fácil, lisonjeiro. Até os pagãos assim o fizeram e, por que não, ainda o fazem nos lembra, o Mestre Jesus em suas Parábolas. A bondade verdadeira consiste muitas vezes em estimar, acolher e amar as pessoas mais do que merecem. O que é a virtude? Jogue fora seus óculos escuros dos preconceitos.
Viva feliz, sereno, tranquilo. E deixe os outros viver. Os julgamentos apressados, as críticas maldosas revelam egoísmo, horizonte mesquinho. “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”, sentenciou Fernando Pessoa, escritor e pensador português.
Amanheça cada dia com a luz da esperança brilhando nos olhos e com muita bondade no coração. Ser é o melhor caminho, a fundamental solução.
Viver e estar a caminho significa que você está vivo. Viver é polir arestas, construir, valorizar, investindo tempo, forças e projetos com lucidez e sabedoria.
Sai ano, entra ano. Passam os dias, semanas e meses. E nossa jornada prossegue.
Cada segundo de vida é uma rica oportunidade que Deus nos dá para plantar o bem, para construir o amor. Nascer é um milagre. Viver é um milagre. Dois milagres que vêm de mãos dadas com o mistério. Familiares, amigos e conhecidos nossos já partiram para a eternidade. Seu tempo terminou. A vida é nosso dom maior. Único e supremo. E cada ser humano é o escritor da sua existência.
Redimidos, velemos o preço do sangue de um Deus. Diga-me, caro ouvinte, como você administra seu tempo, e as suas 24 horas do dia e eu saberei se você é um sábio ou displicente, superficial ou profundo, preguiçoso ou trabalhador, desligado ou inserido em sua realidade. O sorriso é o cartão de visita das pessoas saudáveis.
Distribua-o gentilmente. A bondade é a flor mais atraente no jardim de um coração bem cultivado. Plante flores. Cantando ou raciocinando: “Eu canto porque gosto.
Eu sou feliz quando canto. Por onde passo faço um povo cantar, sorrir, ser feliz, pelo menos nesse momento. Gostaria de ver você, caro ouvinte, cantar sempre e assim viver uma vida de esperança, fé superando os desafios o que a vida lhe oferece.
Diante da proliferação das seitas e do crescimento da Nova Era, católicos estão perplexos, tristes, inseguros, alarmados. Alguns se irritam, outros mostram descaso. Está fazendo água no barco das religiões tradicionais? Vem despontando, por acaso, uma sensibilidade religiosa nova? Empalideceu o conteúdo e a comunicação das lideranças eclesiais? Inquestionavelmente, as circunstâncias históricas e culturais da virada de mais um século são terreno fértil para o crescimento de novos fenômenos religiosos, pluralistas, simplificadores. O lado simplificador da Nova Era atrai adeptos ao natural, em profusão. Segundo seus gurus, já não existe pecado, nem punição. Liberdade plena. Ética, fidelidade matrimonial, dogmas, sacramentos, padres, mandamentos: temas superados, tiranias opressoras, teses supérfluas e caducas. Sentimento de culpa? Já era… “No blame, no shame”, isto é, nada de culpa, pecado ou castigo.
Todo desafio tem lados positivos. Grito de alerta parado no ar, a Nova Era nos questiona frontalmente, pedindo uma definição, estimulando a nossa fé. Quem encontrou o essencial, não precisa de bruxos, de mensagens esotéricas ou meditações orientais. Ser ou não ser católico convicto, de verdade: este é o dilema incontornável, hoje. Assumir ou não assumir o Evangelho: eis a questão. Como nos ensina velho e conhecido adagio inglês; “To be or not to be”, isto é, ser ou não ser, eis a questão, caro ouvinte. Por isso, amanheça sorrindo porque você está vivo, bem vivo, Graças a Deus!