Propostas aprovadas receberão, no total, R$ 17,7 milhões para realizar melhorias e reduzir o desperdício de energia
A Cemig publicou, nesta semana, o resultado da Chamada Pública de Projetos de Eficiência Energética (edição 2023). Juntas, as 17 propostas aprovadas receberão R$ 17,7 milhões, sendo os recursos utilizados em melhorias que deverão gerar a redução do desperdício de energia nas unidades consumidoras e fomentar a geração sustentável de energia. O chamamento, vale lembrar, é realizado anualmente e faz parte das inciativas do Programa de Eficiência Energética da companhia, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
Entre os destaques dos projetos aprovados nesta edição, destacam-se a instalação de quatro usinas solares fotovoltaicas que beneficiarão entidades de saúde públicas e filantrópicas do Estado. Nessa Chamada Pública, as instituições que captaram recursos foram o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, unidade Bias Fortes; a Santa Casa de Campo Belo, a Santa Casa de Perdões e a Santa Casa de São Sebastião do Paraíso.
Em busca de modernizar o parque de iluminação pública que, desde 2015, é uma responsabilidade dos municípios, nove prefeituras apresentaram projetos que permitirão a eficientização de parte das luminárias das vias. Cristais, Divinópolis e Itajubá são exemplos de prefeituras que estão apresentando projetos nessa mesma tipologia pela segunda vez – e terceira no caso de Itajubá –, o que demonstra um movimento para ampliar os benefícios da eficiência energética para outras áreas dos municípios.
De acordo com Aline Martins, engenheira de Eficiência Energética da Cemig, os benefícios das luminárias de LED para os pontos de iluminação pública são muitos. “As luminárias garantem uma iluminação mais uniforme e contribui para de segurança no trânsito e para os pedestres. A tecnologia de LED também ajuda a reduzir o famoso “zebramento”, que dá a percepção de trechos claros e escuros nas pistas”, explica.
Outros municípios que tiveram propostas aprovadas para a modernização da iluminação pública foram Araçuaí, Cana Verde, Carmo de Minas, Nanuque, Ouro Fino e Três Pontas. Em outras fontes de uso da energia, foram aprovados projetos que compreendem a modernização de motores de bombeamento das redes de saneamento dos Serviços Autônomos de Água e Esgoto dos municípios de Itabira e Três Pontas.
Ainda em Itabira, um projeto de condicionamento ambiental (modernização do sistema de refrigeração) foi aprovado e beneficiará o Hospital Nossa Senhora das Dores. Além dos benefícios para as instituições que, em sua maioria, atendem amplamente à população mineira, clientes residenciais de diferentes cidades mineiras serão contemplados com a substituição de lâmpadas ineficientes por LED, em um projeto itinerante.
Demanda evitada
Aline Martins ressalta que a execução dos projetos, o que ocorrerá após a assinatura dos instrumentos contratuais, resultará em um importante impacto positivo para o meio ambiente e para a sustentabilidade financeira das instituições. Anualmente, estima-se que, juntos, os projetos contribuirão para a economia de 7.552,17 MWh/ano de energia, o suficiente para atender cerca de 5 mil clientes e 1.100,79 kW de redução de demanda na ponta.
Programa de Eficiência Energética
O Programa de Eficiência Energética, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, promove o uso sustentável da energia elétrica e uma cultura baseada em hábitos de consumo mais conscientes. Desde o início do Programa, em 1998, as iniciativas beneficiam, principalmente, clientes de baixa renda e instituições públicas e filantrópicas (hospitais e escolas, por exemplo) que exercem amplo atendimento à sociedade.