Pelo menos 13% dos pacientes com câncer de intestino têm menos de 50 anos, idade geralmente vista como fator de risco
Saúde em Dia/Metrópoles

O câncer colorretal está entre os três mais incidentes no Brasil, atrás apenas dos cânceres de pele não melanoma, do câncer de próstata nos homens e do câncer de mama nas mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados 45.630 novos casos anuais (entre 2023 e 2025) da doença no país.
Nos mais jovens, a doença tem se tornado cada vez mais frequente. Dados da American Cancer Society (ACS) mostram que 13% dos pacientes com a neoplasia possuem menos de 50 anos, representando um aumento de 9% desde 2020. Vale lembrar que as chances do surgimento de pólipos (lesões benignas que crescem na parede interna do intestino) são maiores após essa faixa etária.
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Sinais de alerta do câncer de intestino
- Presença de sangue na evacuação, seja de vermelho vivo ou escuro, misturado às fezes, com ou sem muco.
- Sintomas irritativos, como alteração do hábito intestinal e que provoca diarreia crônica e necessidade urgente de evacuar, com pouco volume fecal.
- Sintomas obstrutivos, como afilamento das fezes, sensação de esvaziamento incompleto, constipação persistente de início recente, cólicas abdominais frequentes associadas a inchaço abdominal.
- Sintomas inespecíficos, como fadiga, perda de peso e anemia crônica.
Causas do câncer colorretal em jovens
Um estudo publicado em 2022 na revista Gastroenterology Journal, apontou os fatores que colaboram para o surgimento do câncer colorretal nos mais jovens. Segundo o artigo, o aumento da taxa de obesidade em crianças e adultos, principalmente entre 20 e 30 anos, pode dobrar as chances do câncer colorretal de início precoce. Além disso, o consumo excessivo de álcool também eleva as chances de desenvolver a doença, que tem aumentado principalmente entre adultos com 30 anos ou menos.
A pesquisa também indica que não é possível afirmar se ter nascido por cesariana, uso de antibióticos e certas exposições ambientais podem estar relacionadas ao risco de desenvolver câncer colorretal precocemente. Vale destacar ainda que, apesar da associação do consumo de bebidas açucaradas à doença, são necessários mais estudos que possam comprovar alterações.
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