Em Ipoema ele nasceu, foi criado e fez seus primeiros estudos. Veio para a cidade e concluiu o curso de segundo grau no Ginásio Sul Americano, então sob a direção e coordenação de Tenente Agostinho, então dirigente do Corpo Tiro de Guerra, uma extensão do Exército Brasileiro em Itabira. Pois é, amigos e ouvintes, naquele tempo Itabira possuía uma extensão do Exército para servir o Exército Brasileiro, sabia disso itabiranos de hoje?
Mudou-se para Belo Horizonte, cursou o Colégio Azeredo, o Colégio Arnaldo, o Ginásio Mineiro e de 1918 a 1925 fez o Curso de Direito pela Universidade Federal de Minas, formando-se em Direito. Foi Promotor de Justiça e Secretário de Viação e Obras Públicas. Tornou-se um grande Advogado. Exerceu sua profissão com capacidade e foi Professor de Direito. Voltando a Itabira foi eleito Vereador, Presidente da Câmara e posteriormente Prefeito. Com a Ditadura Vargas de 1945 a 1950 foi cassado, sendo substituído por um senhor chamado Dr, Ademar Pimenta vindo de não sei onde escolhido pelo Governador de então, Benedito Valadares. Este nascido na cidade de Pará de Minas, então cupincha do Governador Como Advogado foi escolhido pelo Governador da época Promotor de Justiça. Foi Deputado Estadual e Secretário da Secretaria de Viação e Obras Públicas de 1956 a 1958. Ficou em Itabira por dois anos, sendo substituído por outro puxa-saco do Governador. Miguel Pereira, advindo de não sei onde. Só Deus sabia na época. Meu homenageado de hoje, com a restauração da democracia no Brasil, em 1946 foi eleito Deputado Estadual e, posteriormente Federal, chegando, pôr fim a Governador do Estado. Seu nome era Feliciano Moreira Penna ou Feliciano de Oliveira Penna, salvo engano. Lembro-me que foi eleito Deputado Federal de 1951 a 1955, sendo reeleito até 1963. Depois disso, só se ouviu falar dele como Advogado e Professor, nada mais. Morreu em 02 de março de 1978.
Meus amigos e amigas ouvintes, Ipoema sempre foi palco importante na política itabirana. De Ipoema, hoje temos Marco Antônio que verdadeiramente tem sido um marco em nossa história. De lá tivemos Harcy Lage, pai de nosso prefeito; José Ignácio, José Solano de Figueiredo e outros nobres personagens que minha memória, hoje em dia um pouco esquecida depois de tive a Covid-19 e a Dengue.
A vida é assim, ontem é passado; hoje é presente. Amanhã não nos pertence. Estar apto para novas aprendizagens é se libertar de velhos hábitos de pensar, sentir e de se viver. Você, caro ouvinte, ainda não se libertou, por isso não merece saber mais.
Aprender o novo requer muito desprendimento e você ainda está muito apegado à sua importância pessoal, ao fascínio pela sua autoimagem. Você precisa aprender primeiro a “não ser” para aprender as coisas do ser. Você ainda não sabe ser um ser com os outros, com o mundo, sem se sentir incomodado, enfastiado por eles, com eles. Ora, pois, você vai ter que ficar pastando, ruminando, remoendo até aprender a grande verdade que o transformará, aprender a ser desprendido, desapegado do que ouve, sente, pensa ou vê. Se você, caro ouvinte conseguir isso, ganhará presentes.
Presentes da vida e das pessoas. Neste instante em que escrevo estas linhas, eu digo para você que nos ouve: você vai se desapegar das coisas inúteis da vida, mas não posso dizer como. Antes de tudo na vida, agradeça. Aguarde, espere e seja feliz. Até uma próxima oportunidade.