Ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu com aliados nesta quarta-feira (19/2), um dia após ser denunciado pela PGR no inquérito do golpe
Igor Gadelha/Gustavo Zucchi/Metrópoles

Em reunião com aliados na manhã da quarta-feira (19/2), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre a possibilidade de deixar o Brasil antes de ser condenado pelo STF no inquérito do golpe.
Segundo participantes do encontro, Bolsonaro falou pouco. Em sua rápida manifestação, ele evidenciou sua inocência e disse que, se tivesse feito algo, já teria procurado asilo, por exemplo, na Argentina ou nos Estados Unidos.
Bolsonaro, entretanto, prometeu não fugir do Brasil. Ele disse que continuará defendendo sua inocência no STF, ciente de que sempre “jogou dentro das quatro linhas”, apesar de isso ter “desagradado” a alguns aliados.
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Para bolsonaristas, a denúncia contra Bolsonaro seria um “jogo de cartas marcadas”, independentemente da defesa. A aposta é de que a Primeira Turma do STF, onde o inquérito será julgado, deverá condenar o ex-presidente.
Bolsonaro faz pedido a aliados
Na reunião, Bolsonaro também fez alguns pedidos aos aliados. O primeiro deles foi para que concentrem suas presenças na manifestação do dia 16 de março no Rio de Janeiro, e não em outras cidades.
O outro pedido foi para deixar o “fora Lula” para outra ocasião. O objetivo é que os discursos nos trios elétricos na orla de Copacabana se concentrem no projeto de anistia aos envolvidos no 8/1.
A reunião de Bolsonaro
A reunião de Bolsonaro com aliados ocorreu no apartamento funcional do líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), em Brasília, e contou com a presença de diversos parlamentares.
O encontro ocorreu um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviar ao STF a denúncia contra o ex-presidente da República e outras 33 pessoas no inquérito do golpe.