Cachoeira do Tabuleiro é interditada por risco de deslocamento de rocha

Segundo Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, interdição ocorre após vistorias e levantamentos técnicos

Por Juliana Siqueira/Otempo

Foram feitas análises geotécnicas na cachoeira e pareceres emitidos por uma empresa especializada contratada pela prefeitura — Foto: Luiz Cláudio Oliveira./Divulgação

O poço da cachoeira do Tabuleiro, localizada em Conceição do Mato Dentro, no Alto Jequitinhonha, foi interditado emergencialmente por tempo indeterminado por risco de deslocamento de rochas. O local está fechado para banho e visitação desde segunda-feira (13 de novembro).

De acordo com a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, a interdição acontece após vistorias e levantamentos técnicos realizados nos paredões da área da cachoeira do Tabuleiro. Também foram feitas análises geotécnicas e pareceres emitidos por uma empresa especializada contratada pelo executivo municipal.

“Apesar da consciência do risco inerente em toda e qualquer atividade turística realizada em área natural, principalmente em áreas como cachoeiras e trilhas que percorrem encostas rochosas de alta declividade, medidas que ampliam a segurança do visitante devem ser tomadas e tal decisão, como o fechamento da cachoeira, se configura como uma das etapas de anulação do risco”, informou a Prefeitura.

O executivo municipal ainda ressaltou que o ambiente geológico natural da cachoeira do Tabuleiro tem processos de movimentos gravitacionais de massa complexos, dinâmicos, intensos e com evolução quase diária. 

Apesar de o poço ter sido interditado, a visitação na parte alta está mantida, respeitando a capacidade de carga e as condições climáticas. “Por enquanto não há previsão de fechamento desta área, mas isso pode mudar caso haja risco ao visitante destacado pela empresa que nos assessora”, informou o executivo municipal.

Relembre outros casos

No último mês de abril, a cachoeira Véu da Noiva, uma das mais visitadas na Serra do Cipó, em Santana do Riacho, região Central de Minas Gerais, foi interditada por risco de segurança após ser constatada uma rachadura em uma das pedras da queda d’água. A área foi reaberta para visitação em junho.

Já em janeiro do ano passado, dez pessoas morreram após uma rocha se desprender de um cânion e atingir quatro embarcações em Capitólio, no Sul de Minas Gerais.

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