De acordo com pneumologista da Unimed-BH, crianças e idosos são os mais afetados pelos casos mais graves de infecções respiratórias, que podem levar a complicações e internações.
O outono chegou e a instabilidade climática, com mudanças bruscas de temperatura, favorece o desenvolvimento e a transmissibilidade de vírus e bactérias, que contribuem para o aumento das doenças respiratórias, principalmente entre crianças e idosos. O último Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelou que essas faixas etárias se mantêm como as mais impactadas pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada, prioritariamente, por Covid-19 e outros vírus que acometem as vias aéreas superiores e inferiores.
De acordo com o pneumologista cooperado da Unimed-BH, Daniel Bretas, além da SRAG, neste período do ano aumentam também os casos de comprometimentos respiratórios por resfriados, gripe causada pela influenza e infecções de vias aéreas superiores, infecções de ouvido, sinusite e pneumonia. “Geralmente, os idosos que possuem comorbidades como asma e um quadro de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) têm o desencadeamento de doenças respiratórias agravado”, explica.
Para o especialista, de uma maneira geral, a medida preventiva mais eficaz para evitar casos mais graves das doenças respiratórias é a imunização de crianças e idosos. “Quando falamos em imunização do ponto de vista pneumológico, devemos contemplar não só a vacinação contra influenza (gripe), mas também contra covid, pneumonia e anti-herpes zoster. Esse último, indicado para pessoas acima de 50 anos”, enfatiza.
Outra forma de prevenção é o controle de comorbidades como asma, DPOC, bronquiectasias – dilatação e destruição de brônquios de grosso calibre causada pela infecção e inflamação crônicas – e outras doenças respiratórias. “Toda e qualquer doença respiratória deve ser tratada da melhor forma possível, com disciplina e acompanhamento médico periódico. Além disso, é importante que os pacientes estejam sempre bem hidratados, o que permite que eles estejam em boas condições clínicas, caso venham a desenvolver um quadro respiratório”, orienta.
O pneumologista afirma ainda que é importante que pais e cuidadores estejam atentos a sintomas como falta de ar, febre persistente, prostração intensa e, na faixa etária geriátrica, confusão mental. Esses são sintomas de alarme que devem ser observados e justificam um atendimento médico de urgência.
Nathalia Gorito