Desvalorização é puxada por menor interesse de compra e qualidade irregular dos lotes
Giulia Di Napoli/Itatiaia

Semeadura da primeira safra brasileira de feijão atingia 22,6% da área estimada para o Brasil
Os preços do mercado interno de feijão estão em queda e a liquidez segue baixa. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no caso do feijão carioca, os valores são pressionados pelo baixo interesse de compra, diante de lotes com impurezas, matérias estranhas e umidades insatisfatórias, ainda que com boa coloração.
Produtores detentores de grãos classificados como “extras” seguem optando por manter os volumes armazenados. Para o feijão preto, é a maior disponibilidade de estoques nas indústrias que mantém os valores em baixa.
Do lado do produtor, neste período de entressafra, muitos seguem limitando as vendas, negociando apenas por necessidade financeira ou para liberação de espaço nos armazéns.
No campo, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 18 de outubro, a semeadura da primeira safra brasileira de feijão atingia 22,6% da área estimada para o Brasil. Quase 15% das lavouras estão em estado de emergência, 64,8% estão em desenvolvimento vegetativo; 7,6%, em floração; 7,1%, em enchimento de grãos; e 5,9%, em maturação.