‘Indivíduo de altíssima periculosidade’, diz PM sobre suspeito de matar policial em BH

Jefferson Anisio da Silva, de 27 anos, principal suspeito de matar o militar, possui dois mandados de prisão em aberto
Maic Costa Renato Rios Neto Rayllan Oliveira/Itatiaia

Jefferson Anisio da Silva, de 27 anos, e o Cabo Vinícius de Castro, morto nesta terça-feira (21)

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) definiu Jefferson Anisio da Silva, de 27 anos, como um “indivíduo de altíssima periculosidade”. Ele é o principal suspeito de matar, a tiros, o Cabo Vinícius de Castro Lima nesta terça-feira (21) no bairro Tirol, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. O suspeito foi preso na BR-381, na altura do Restaurante Porteira Velha, em Betim, na Região Metropolitana da capital.

“É um indivíduo de altíssima periculosidade. A gente lamenta ele não estar cumprindo pena”, disse o tenente-coronel Glauber Paixão, comandante do 39º Batalhão. Jefferson possui dois mandados de prisão em aberto, ambos pelo crime de homicídio. “Se ele estivesse preso, a gente não teria um desfecho tão trágico como tivemos”, acrescentou o tenente-coronel.

De acordo com a PMMG, Jefferson seria o responsável por atirar contra o cabo. No momento da prisão, ele dirigia um veículo roubado, modelo Fiat Idea de cor vermelha. Com ele, a polícia encontrou uma pistola 9mm — mesmo calibre utilizado no crime — com a numeração raspada, 27 munições e seis celulares. Apesar dos indícios, o homem preferiu ficar em silêncio e não confessou participação no homicídio.

Ainda segundo a polícia, a carteira do suspeito continha o documento falso da moto utilizada na fuga. Os militares conseguiram apreender o veículo e os capacetes utilizados pelos suspeitos. A polícia segue em busca do outro envolvido, que pilotou a moto durante o crime.

“Precisamos dar a resposta que esse caso precisa. Não é uma resposta só para a Polícia Militar, mas para todos os cidadãos mineiros. Estamos fazendo todos os esforços possíveis”, afirmou o tenente-coronel. A perícia da Polícia Civil (PCMG) apura a quantidade de disparos que atingiu o Cabo Castro.

Cabo Castro havia saído para almoçar com dois amigos

O tenente-coronel Glauber Paixão, comandante do 39º Batalhão, contou, em entrevista coletiva, que o Cabo Castro havia saído para almoçar com dois amigos. Após comer, o policial chegou em uma concessionária de veículos, que é de propriedade de um desses amigos, que percebeu que havia um assalto em andamento e gritou alertando da ocorrência.

Segundo Paixão, neste momento, as pessoas próximas se esconderam, o que dificultou o entendimento da dinâmica do crime. “O Policial Militar desce do veículo, tenta reagir à ação criminosa, é alvejado e vem a óbito no local. Os criminosos fugiram em uma motocicleta Sahara, de cor marrom”, relatou.

Com base nas informações apuradas, a polícia conseguiu chegar à moto e, consequentemente, a um dos principais suspeitos, que tentava fugir da Grande BH. “O Cabo Vinícius era um militar muito bem quisto aqui no 39º Batalhão, tinha aproximadamente oito anos que compunha os quadros da unidade, pertencia à Cia. Tático Móvel. Infelizmente tivemos essa perda lamentável”, desabafou o tenente-coronel Paixão.

O crime

O dono da concessionária de veículos contou aos policiais que os suspeitos chegaram ao local em uma motocicleta e anunciaram o roubo no momento em que o cabo Vinícius entrava no estabelecimento.

Neste momento, o policial, que estava à paisana, em seu primeiro dia de férias, tentou reagir, mas acabou sendo atingido por disparos efetuados pelos bandidos.

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