O sexo por telefone pode ser utilizado para apimentar a relação e melhorar a vida sexual de um casal
Helena Mandarino/Metrópoles
Relacionamentos a distância testam paciência, criatividade e conexão Wi-Fi. Além disso, revelam até que ponto você está disposto a ir para evitar que o sexo se torne uma lembrança em vez de uma parte regular da vida.
Leia também
- A música pode ser o afrodisíaco que falta para animar sua vida sexual
- Mitos e tabus que prejudicam a sexualidade após o câncer de mama
- Ginecologista revela mitos e verdades sobre sexo na menstruação
Mesmo quando não estão fisicamente juntos, manter a mente e o corpo sexualmente engajados continua sendo importante. Afinal, é uma forma de preservar a intimidade de forma consistente.
O objetivo, segundo a profissional , não é apressar o clímax, mas sim prolongar a excitação
A prática já foi representada até por Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), personagem da série Sex and the City e And Just Like That. Em um dos episódios, a colunista sexual aparece tentando transar “digitalmente” com seu amante a distância, Aidan Shaw, interpretado por John Corbett.
Benefícios da prática
De acordo com a sexóloga Alessandra Araújo, o sexo por telefone, ou sexting por áudio, é uma ferramenta poderosa para apimentar a relação e melhorar a vida sexual de um casal.
“Ele atua como um laboratório de intimidade, onde a imaginação e a comunicação se tornam os principais afrodisíacos”, afirma a profissional ao Metrópoles.
Como começar?
Para quem tem vergonha, a chave é a exposição gradual. Alessandra recomenda começar trocando mensagens de texto sugestivas (sexting), que permitem mais tempo para pensar e controlar o que é dito.
“Em seguida, migre para o áudio, mas comece com algo simples, como gravar um pequeno gemido ou uma respiração mais ofegante, sem a pressão de uma conversa em tempo real”, indica a profissional.
Alessandra também reforça que é essencial que a outra pessoa seja acolhedora. O ideal é usar o tempo para verbalizar o quanto se sente atraído pela voz ou pelas palavras, reforçando a segurança.
“Indico começar a prática de forma gradual e com foco no sensorial. Primeiro, é importante que ambos conheçam bem o próprio corpo e suas zonas erógenas. Começam descrevendo a situação: ‘Estou deitada… imaginando você aqui…’. A prática pode iniciar com conversas leves e sugestivas, evoluindo para a descrição de fantasias ou lembranças de momentos íntimos que foram prazerosos para ambos”, acrescenta a sexóloga.
O objetivo, segundo a profissional , não é apressar o clímax, mas sim prolongar a excitação. “Não minta ou use imagens falsas sobre sua aparência ou situação, pois isso pode causar frustração e quebra de confiança quando o encontro presencial ocorrer.”
Como manter o clima por telefone?
- Estabeleça um horário livre: certifique-se de que ambos estão em um lugar privado, sem interrupções e com tempo suficiente.
- Use fones de ouvido: isso melhora a qualidade do som (voz e respiração), aprofundando a imersão.
- Foco na descrição sensorial: use detalhes e descreva o toque, o cheiro e a textura, forçando a imaginação do parceiro.
- Atenção ao feedback: mesmo que não seja um jogo de BDSM, esteja atento a qualquer sinal de desconforto ou silêncio prolongado. O jogo só é bom se for bom para os dois. O diálogo e a permissão contínua são a base da “etiqueta” sexual.
Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Acesse a coluna do Metrópoles.