Por ASCOM-PCMG
Na manhã desta quarta-feira (27/8), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a operação Harpia em Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Ibirité, Santa Luzia, Esmeraldas, Juiz de Fora e Pirapora, com foco no combate ao tráfico interestadual e internacional de drogas.

Durante a ação foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva (inclusive em duas unidades prisionais), 14 de busca e apreensão, bem como o bloqueio de seis contas bancárias. Um dos alvos dessa investigação morreu em confronto com a Polícia Militar, no último dia 7.
Também foram apreendidas munições, drogas, celulares, moto aquática, computadores, documentos, anotações e materiais relacionados ao tráfico.
Harpia
A operação é resultado de investigação da PCMG sobre uma organização criminosa, com estrutura independente, especializada na venda de entorpecentes em larga escala.
De acordo com o chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), delegado Rodrigo Bustamante, a ação de hoje impactou na desarticulação de rotas do tráfico entre Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraguai, por meio da quebra de núcleos de distribuição, atingindo assim a estrutura financeira e reduzindo a oferta de drogas, armas e recursos ilícitos.
Cerca de cem policiais civis participaram da operação, que contou com o apoio da Coordenação de Recursos Especiais (Core), da Coordenação Aerotática (CAT) e da Coordenação de Operações com Cães (COC).
Início dos trabalhos
As investigações começaram após uma mulher, de 33 anos, ser presa em flagrante na capital mineira, no dia 3 de setembro de 2024. Na ocasião, ela foi flagrada transportando, de São Paulo para Belo Horizonte, cinco barras de cocaína. Durante buscas na residência da suspeita, foram localizados maconha, crack, cocaína e munições.
Por meio de análise no celular da suspeita, apreendido pelos policiais, foram encontrados contatos da mulher com uma facção atuante em âmbito nacional, além de elementos relacionados ao tráfico de drogas em larga escala e negociações de fuzis e carabinas.
Conforme apurado, a mulher atuava como elo entre criminosos presos, fornecedores e distribuidores.
Além do tráfico, a PCMG apurou ainda o crime de lavagem de dinheiro, o qual envolvia transferências via Pix, apostas online, contas bancárias de terceiros e uso de documentos falsos para visitas a presídios.
As investigações continuam.