MPMG obtém condenação de pastor evangélico a 58 anos de reclusão por estupro das duas filhas em Engenheiro Caldas

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve na Justiça a condenação de um pastor evangélico de 63 anos de Engenheiro Caldas, no Vale do Rio Doce, a uma pena total de 58 anos e três meses em regime inicial fechado por estupro e atentado violento ao pudor praticados de forma continuada contra suas duas filhas e uma terceira criança que estava sob sua autoridade. 

Os crimes ocorreram entre 2004 e 2009. Durante a instrução processual, comandada pela Promotoria de Justiça de Tarumirim, ficou provado que o réu se aproveitava da sua condição de pai e guardião para cometer os abusos. Ele dopava as vítimas com sonífero misturado a “batidas de morango” para cometer os abusos sexuais sem que as vítimas pudessem oferecer resistência.  

A filha mais velha foi abusada dos 2 aos 13 anos. A criança mais nova foi vítima dos 2 aos 9 anos, enquanto a terceira criança, que residia com a família, sofreu os abusos dos 6 aos 13 anos. 

A sentença, proferida na sexta-feira, dia 27de junho, também o condenou ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil para cada uma das vítimas.  

O acusado encontra-se preso preventivamente desde abril por conta de outra condenação por estupro de vulnerável, desta vez contra duas meninas de três e oito anos de idade. Por estes crimes, ocorridos em março de 2024, o pastor foi condenado à pena de 31 anos e nove meses de reclusão. A descoberta deste primeiro caso encorajou a filha mais velha a denunciar o pai à polícia. A soma das penas do acusado chega a 90 anos. 

“As condenações representam uma importante resposta do sistema de Justiça no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes e à impunidade, reafirmando o compromisso das autoridades com a proteção dos mais vulneráveis e com a segurança pública”, afirmou o promotor de Justiça Jonas Júnio Linhares Monteiro, responsável pelo caso. 

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Ministério Público de Minas Gerais

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