Chá de amora: benefícios e contraindicações da bebida rica em cálcio

Chá de amora pode conter até mais cálcio do que o leite, mas nem todos podem desfrutar de seus benefícios. Confira as contraindicações

Bruno Bucis/Metrópoles

O chá de amora, bebida que pode ser preparada tanto com as folhas como com os frutos da planta, possui vários benefícios à saúde. A infusão é conhecida por ser uma ótima fonte de cálcio, podendo ter proporcionalmente até mais do nutriente que o leite.

Um estudo publicado na revista Scientia Agricola em 2017, por exemplo, indicou uma concentração média de 8,2 g de cálcio por quilograma de matéria seca de amora. Como referência, um litro de leite integral possui aproximadamente 1,2 g de cálcio.

Isso faz com que a bebida seja uma alternativa para quem busca aumentar a ingestão do nutriente sem consumir laticínios, mas é preciso ter atenção não só aos benefícios, como também às contraindicações da bebida.

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Propriedades terapêuticas do chá de amora
As folhas de amora contêm flavonoides, taninos e grande quantidade de cálcio. Os flavonoides e taninos possuem ação antioxidante e anti-inflamatória, protegendo as células do organismo, reduzindo o envelhecimento precoce e as inflamações e melhorando a saúde cardiovascular.

Já o cálcio fornecido pela bebida é essencial para a saúde óssea e dentária. O mineral também desempenha papel crucial na contração muscular, na coagulação sanguínea e na transmissão de impulsos nervosos.

Além desses benefícios, a infusão é conhecida também por auxiliar no alívio dos sintomas da menopausa, em especial as sensações de calor conhecidas como fogachos. “As folhas possuem compostos bioativos que interagem com os receptores de estradiol, promovendo a vasodilatação e ajudando a reduzir a sensação de calor”, explicou a nutricionista Adriana Stavro, de São Paulo, em entrevista anterior ao Metrópoles.

Folhas e frutos da amora podem ser usados para preparo de chá

Contraindicações e cuidados no consumo

Apesar dos benefícios, o chá de amora deve ser ingerido com moderação. De forma geral, os especialistas recomendam consumir um máximo de duas xícaras por dia. Mulheres grávidas devem evitá-lo, pois os compostos presentes na infusão podem interferir na formação de vasos sanguíneos do feto, trazendo riscos à gestação.

Pessoas que utilizam medicamentos para diabetes ou anticoagulantes também precisam de orientação médica antes de tomar a bebida. Os compostos bioativos das folhas podem interagir com a insulina e também afetar processos de coagulação sanguínea.

“O chá de folha de amora é seguro para a maioria das pessoas quando consumido com moderação. O excesso pode causar efeitos adversos, como constipação ou interações medicamentosas”, explica a nutricionista Rejane Souza, do grupo Mantevida, também em entrevista anterior ao Metrópoles.
Como preparar o chá de amora?
Para a versão com folhas, recomenda-se o uso de cinco a dez folhas grandes, previamente higienizadas, para cada litro de água. Já a fruta pode ser adicionada livremente, mas a indicação é de uma colher de sopa por porção.
Nem as folhas nem os frutos de amora devem ser fervidos diretamente. A água deve ser aquecida até o ponto de fervura e, após desligar o fogo, as folhas ou frutas são adicionadas, repousando de cinco a dez minutos antes de serem filtradas para o consumo.

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