A carambola é uma fruta refrescante e vantajosa para a saúde, no entanto, algumas pessoas devem ter cuidado ao consumí-la
Ravenna Alves/Metrópoles
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Com formato de estrela e sabor levemente ácido, a carambola é uma fruta tropical originária do Sudeste Asiático amplamente cultivada no Brasil. Apesar de ser uma aliada da saúde, seu consumo exige atenção devido a possíveis riscos, especialmente para pessoas com problemas renais.
A fruta é composta majoritariamente por água, o que contribui para a hidratação, e possui baixo teor calórico — cerca de 31 kcal em 100 g. “A carambola contém vitamina C, que fortalece o sistema imunológico e participa do metabolismo do colágeno, além de potássio, que auxilia na regulação da pressão arterial”, explica a nutricionista Patricia Axer, da Rede Mater Dei de Saúde.
Além disso, a fruta é rica em antioxidantes, como flavonoides e ácido gálico, que combatem o estresse oxidativo causado pelos radicais livres.
“Ela também tem vitamina A, que atua na saúde ocular e da pele, e magnésio, que contribui para o relaxamento muscular, a saúde cardiovascular e até para a melhora do sono. O teor de fibras ajuda tanto na digestão quanto na saúde intestinal”, acrescenta a nutricionista Carla de Castro, da Clínica Sallva, em Brasília.
O consumo de carambola pode ser útil também no controle de algumas condições de saúde. Para hipertensos, a fruta pode ser uma aliada devido ao teor de potássio. “O potássio ajuda a neutralizar os efeitos do sódio, promovendo um maior equilíbrio da pressão arterial”, explica Carla. Porém, o consumo deve ser moderado e orientado por um profissional, especialmente em casos de doenças renais associadas.
Já para diabéticos, o caso é mais complexo. Apesar do baixo índice glicêmico e da presença de fibras, que ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue, a carambola contém caramboxina, uma substância que pode ser tóxica para quem tem problemas renais, uma condição comum entre diabéticos.
“Não recomendaria para esse público. Existem opções muito melhores, como vegetais crus, folhas e grãos integrais, que são mais ricos em fibras e apresentam menos riscos”, orienta.
Confira cinco benefícios da carambola
1 – Regulação da pressão arterial
A carambola é uma excelente fonte de potássio, mineral que auxilia no equilíbrio dos níveis de sódio no organismo, contribui para a regulação da pressão arterial e favorece a saúde cardiovascular. O magnésio também age na dilatação dos vasos, melhorando a circulação do sangue.
2 – Combate os radicais livres
Rica em antioxidantes naturais, como flavonoides e vitamina C, a fruta ajuda a neutralizar os radicais livres no corpo, protegendo as células contra o envelhecimento precoce e reduzindo o risco de doenças crônicas.
3 – Fortalecimento do sistema imunológico
A presença de vitamina C na carambola reforça o sistema imunológico, ajudando na prevenção de infecções e processos inflamatórios. Ela é uma aliada para quem deseja manter o organismo mais resistente a doenças.
4 – Baixo teor calórico e fonte de fibras
Com cerca de 30 calorias em 100 gramas, a carambola é uma fruta leve e ideal para quem busca controlar o peso. Sua boa quantidade de fibras contribui para a saúde digestiva, melhora o funcionamento intestinal e ajuda a controlar o apetite.
5 – Benefícios para a saúde da pele
Os antioxidantes e a vitamina A presentes na carambola favorecem a regeneração celular, ajudando a manter a pele saudável. No entanto, esses benefícios só acontecem quando aliados a uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável.
“Não adianta consumir só a carambola querendo todos esses benefícios. A pele está muito relacionada com o intestino, com a saúde intestinal. Então, comer fast food e carambola não vai resolver”, ressalta a nutricionista Carla.
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Quem não deve consumir a fruta
Embora a carambola seja rica em nutrientes e traga benefícios à saúde, seu consumo requer atenção devido à presença da caramboxina. “A caramboxina é uma toxina neurotóxica que, em pacientes com insuficiência renal, pode se acumular na corrente sanguínea, causando efeitos neurológicos graves, como convulsões, confusão mental, fraqueza muscular e, em casos extremos, até levar à morte”, afirma Carla.
Além disso, a profissional destaca que o consumo deve ser moderado por todos, já que muitas pessoas podem ter alterações renais sem saber. “Os riscos adversos podem surgir mesmo em quem não tem diagnóstico prévio de problemas renais”, alerta.
A nutricionista Patricia reforça que a carambola deve ser evitada por pessoas com doenças como artrite, reumatismo, gota e tendência à formação de cálculos renais. “Mesmo em pequenas quantidades, ela pode ser perigosa para esses grupos”, diz.
Gestantes também devem ter cautela. “Durante a gravidez, os rins já estão sobrecarregados devido às mudanças fisiológicas como o aumento do volume sanguíneo. O consumo da carambola, embora permitido em pequenas quantidades e sob orientação médica, deve ser feito com moderação e somente por gestantes sem histórico de problemas renais”, orienta.