Marcos Gabiroba e a crônica da semana “Diariamente, minha rotina de trabalho”!

Meu destino todas as manhãs ao sair de casa para o trabalho na Rádio Pontal é descer a Rua Honorina Machado, a rua Alagoas, atravessar a Avenida Brasil, descer a rua Marajó, pegar a Avenida Ipiranga até a Avenida Central, subo a Avenida Mauro Ribeiro e por ela vou ate descer a Salvino Pascoal. Desta desço até a Avenida Carlos Drummond de Andrade e por ela até atingir a Alameda do Intelecto por detrás da FIDE, passo em frente  ao Hospital Carlos Chagas e desta até onde está localizada a Rádio Pontal FM. Outro trajeto por mim percorrido é o de percorrer a Rua Água Santa, a Dr. Alexandre Drummond, a Rua Tiradentes, desço a Rua Major Paulo, pego a Avenida João Soares da Silva até o Bairro Campestre e, deste bairro subo a Rua João Luiz Silva Torres até o Alto dos Pinheiros, onde se encontra instalada a Emissora. Nesse trafegar passo sempre onde existiram as Alfaiatarias do Antonio Inácio de Oliveira e a do Ismar Pires Guerra. A Alfaiataria do Antonio era localizada no prédio do Sr. Afonso Camilo que, outrora serviu para o estabelecimento do Correio e Telégrafo, posteriormente, a primeira Agencia do Banco Mercantil, quando aqui chegou. A Alfaiataria Do Ismar era localizada quase defronte o Cine Itabira, e ao seu lado, uma escadaria que levava à Rua Guarda Mor Custódio, onde existia a casa do Chico Rato, casa esta que, outrora Fora o Hotel Helvetia defronte a Sapataria Gomes, de propriedade do sr, Antonio Porto Gomes.

Revivo na memória a Rua Guarda Mor Custódio, onde morei um bom período de minha vida, primeiramente no Hotel dos Viajantes, de propriedade do inesquecível Virgílio Gazire, e num quarto alugado na casa das irmãs Senhorinha e Almerinda Andrade, estas tias do amigo Helvécio Cota de Andrade. Deste local saí voltando para o Hotel dos Viajantes, pois a Senhorinha era uma pessoa sistemática e exigente. Helvécio Andrade, nesta época residiu com elas quando aqui se aportou advindo de sua cidade natal – Alvinópolis.

Helvécio foi meu colega de Curso Ginasial e do Curso Técnico em Contabilidade. Após formarmos em ginasial, Helvécio foi para Belo Horizonte cursar o Científico, curso este que servia de preparação para Universidade. Ao retornar a Itabira foi trabalhar com sua tia Dulce Andrade, então a detentora do Cartório do 3º Ofício de Notas da Comarca. Com o tempo dona Dulce aposentou-se e o Helvécio após passar por um concurso público assumiu a direção do Cartório, como titular, até aposentar-se. Grande figura humana e um profissional de qualidade e amigo de verdade. Alô Helvécio, aquele abraço.

Retomando o fio da meada dessa pequena história é porque uma tristeza muito grande surge em minha mente ao ver como os casarios da cidade, especialmente, onde morou o embaixador Camilo de Oliveira Lage, único itabirano, que serviu ao Imperador Pedro IIº como Embaixador do Brasil na França e os demais prédios da Rua Tiradentes todos fechados, inclusive o casario onde morou dona Carmem Atayde, mãe do amigo Marcial Antonio Peixoto de Mello, o sobrado da família dos irmãos Rosa, dos Martins da Costa, onde residiu o André D’Caux, o prédio onde funcionou a Farmácia do sr. Lolão, o Hotel Itabira, uma exceção, o prédio da família Diniz Martins da Costa, o prédio e a loja Casa Cesar da família do sr. Celso, o prédio do sr. Tico(Francisco de Assis Drumond) e filhos; a Farmácia Cardoso, o Armazém da família Magalhães e do Irmãos Sampaio(Zé, Osvaldo e Aloisio). Uma exceção é o prédio onde está instalada A Loja do Egílio Coelho Neto, o Toco como o conhecemos, prédio este que pertenceu à Família do Dr. Rosa, em especial ao Dr. Nico Rosa, pai do meu inesquecível amigo Dr. Sérgio Augusto Gonçalves Rosa. Seguindo o roteiro. Tínhamos, ainda, o Armazém do Pedro Pimentel Filho, a Alfaiataria do Zequinha, o Gabinete Dentário e casa do Luiz Menezes, o sobrado do sr. Osvaldo Sampaio e o sobrado de dona Marina Bragança, a Farmácia dos irmãos Duarte, a casa de Laércio Brandão que era casado com dona Míriam Brandão, o Prédio onde funcionou a Distribuidora de Luz da cidade, hoje Centro de Artesanato; o Grupo Escolar Cel. José Batista de onde me vem a imagem de sua diretora, dona Loló Jardim, mãe dos irmãos Mario e Jorge, a casa de dona Marieta Sampaio, de Dr. Pedro Martins Guerra, o prédio da antiga Prefeitura, hoje museu, a casa do sr. Antonio Caiapó e do Zé Linhares que casou com a Maria Rita Lage e na esquina a casa onde morou o Professor Max d’Caux, posteriormente sua filha, Emília d’Caux. Descendo a rua Major Paulo encontra a Igrejinha do Rosário que reformada há anos ainda possui os traços de sua construção em 1789. Sigo em frente pela Avenida João Soares da Silva até o bairro Campestre. Amigos essa é a minha rotina. Até quando? Não sei! Meu futuro pertence a Deus.

Recordo esses momentos porque eles são com um Livro aberto que releio diariamente, ou como as abelhas que voam longe para buscar o pólen das flores e o transformarem em doce mel de uma inteligência para outra; são contratempos como facas que nos servem ou nos cortam, conforme as pegamos pelo cabo ou pela lâmina; pois, na vida nossa conduta é um espelho no qual exibimos nossa imagem. Quem tem o bastante no seu interior, pouco precisa do seu por fora para viver, não é mesmo? Pensem nisso!

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