Marcos Gabiroba e a crônica da semana “Não viva para a aposentadoria”                             

Conscientemente ou não, todos trabalhadores, sem distinção, praticamente vivem pensando na aposentadoria. Não importa se está iniciando seu trabalho agora ou que já tenha um bom tempo no emprego. Como eu, outrora, pensava em como a vida seria maravilhosa sem o fardo do trabalho cotidiano fora de casa. Algumas pessoas chegam a contar os dias, meses e anos que antecedem a aposentadoria.

É comum as pessoas adiarem a alegria, contentamento e satisfação até “mais tarde”. É quase como se elas estivessem “presas”, como se estivessem cumprindo uma sentença, esperando pacientemente pela sua liberdade.

Certamente a maioria das pessoas não vai tão longe; costuma ser mais sutil do que isso. Contudo, uma enorme porcentagem de pessoas espera que a vida futura seja melhor do que é agora. Frequentemente, devaneios assim como conversas com colegas e amigos deixam claro que a expectativa é que “algum dia” será melhor do que agora – quando você estiver aposentado, tiver dinheiro, liberdade, tempo para viajar ou o que for. Esse tópico me apaixona porque para mim que já passei por todas essas expectativas está claro que pensar “algum dia a vida será melhor” é um modo garantido de se preparar para uma carreira longa e cansativa. Em vez de apreciar cada dia, estar aberto a novos desafios e oportunidades, partilhar seus dons com outros e estar disposto a aprender a ser inspirado pelas suas experiências profissionais, você basicamente escolhe, em vez disso, deixar a vida esperando, fingir, ficar preso num hábito, e até certo ponto, sentir pena de si mesmo.

Em minha opinião é muito melhor despertar a cada manhã e se recordar o velho ditado: “algum dia a vida será melhor’ é sim, um modo garantido de se preparar para uma vida longa, agora, uma cansada carreira, antes, exaustiva. Em vez de apreciar cada dia, estar aberto a novos desafios e oportunidades, partilhar seus dons com outros e estar disposto a aprender e ser inspirado pelas suas exigências profissionais, você basicamente escolhe, em vez disso, deixar a vida esperando, fingir, ficar presos num hábito, e até certo ponto, sentir pena de si mesmo. Na minha modesta opinião, é muito melhor despertar a cada manhã e se recordar do velho ditado: “Hoje é o primeiro dia do resto de minha vida” Decida a respeitar o dom da vida se esforçando hoje da melhor maneira possível, independentemente do que faça para viver.

Veja se consegue manter a objetividade quando aos outros não conseguem, inspirar outra pessoa ou ainda dar uma contribuição, por pequena que seja, à vida de alguém Lembre-se que todos os dias foram criados iguais, que hoje é tão importante quanto qualquer dia futuro depois da aposentadoria.

Outro motivo importante para evitar viver para a aposentadoria é que ao agir assim você aumenta a possibilidade do desapontamento quando ela chegar. Uma coisa estranha acontece quando adiamos a felicidade até uma data posterior. É como estivéssemos ensaiando a felicidade. Viramos especialistas nisso. Quando dizemos a nós mesmos que seremos felizes mais tarde, é o que realmente estamos dizendo é que a nossa vida não é tão boa o bastante agora. Temos de esperar até que as circunstâncias sejam diferentes; então esperamos, esperamos. Milhares de vezes, com a passagem de muitos anos, lembramos a nós mesmos, na privacidade de nossas mentes, que quando as coisas forem diferentes – em algum momento futuro, ficaremos satisfeitos e felizes. Mas agora, precisamos nos virar com o que temos.

Se você passa anos e anos pensando que a vida não é tão boa, o bastante agora, que algo ainda será melhor, é ridículo acreditar que quando chegar a aposentadoria você vai começar a pensar diferente; que a vida vai subitamente ser boa o bastante. De jeito nenhum. Isso não vai acontecer, em vez disso, é possível que aconteça o contrário. A sua mente vai continuar a acreditar que algo ainda será melhor. Você tem o hábito de ver a vida desse jeito, e isso não vai parar simplesmente porque a sua vida externa mudou. A maneira de evitar esse problema é dedicar-se à felicidade agora, aproveitar ao máximo o trabalho ou a correria que você tem agora, vê-la como uma aventura. Faça disso seu modo habitual de pensar sobre o trabalho e sua presença no mundo. Pratique esse tipo de pensamento saudável e otimista no cotidiano, a cada instante. Se o fizer, quando a aposentadoria chegar, seja daqui a um ano, seja daqui a vinte, você vai saber o segredo da felicidade, que não existe caminho para a felicidade; a felicidade é o caminho. Isso vai ser sua segunda natureza. Assim, vá em frente e antecipe sua aposentadoria fantástica. Planeje bem. Mas faça a si mesmo um grande favor; não perca um único dia no caminho. Concluindo dizendo que, espero que essa crônica de hoje lhe seja útil e que lhe dedico toda minha compreensão, respeito e desejo de boa sorte na vida. Ah! Ia me esquecendo, valorize a si mesmo, pois a vida é assim mesmo. A aposentadoria é muito bom, mas, o trabalho, ainda é muito melhor. Pensem nisso!

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